Governo apresenta na Web Summit estratégia para uma Inteligência Artificial ao serviço das pessoas

Na Web Summit 2025, o Governo reforçou a ambição de posicionar Portugal como um polo global de inovação e Inteligência Artificial. A estratégia assenta em três pilares, infraestruturas digitais, capacitação de pessoas e utilização responsável da tecnologia ao serviço dos cidadãos.

Ministro Gonçalo Matias na Web Summit 2025 em Lisboa durante a apresentação da estratégia nacional de Inteligência Artificial

"Portugal está a construir um Estado mais inteligente, mais rápido e mais responsivo que antecipa necessidades e produz resultados para os cidadãos e as empresas. O nosso objetivo é claro, um Estado ágil, transparente e inteligente, que transforma a informação em ação e os desafios em oportunidades", afirmou Gonçalo Matias, Ministro Adjunto e da Reforma do Estado, na abertura oficial da Web Summit 2025.

Agenda Nacional de Inteligência Artificial

A Agenda Nacional de Inteligência Artificial, a apresentar nas próximas semanas, pretende articular tecnologia, economia e soberania digital. O objetivo é consolidar Portugal como um centro de IA responsável e de inovação, com impacto económico estimado em 2,3 biliões de euros até 2030.

"Estamos num momento decisivo, a IA já não é o futuro, está a transformar o mundo agora. Este é o nosso momento para imaginar o que um Estado pode ser, inteligente, dinâmico e centrado nas pessoas", destacou o Ministro.

Portugal está a candidatar-se a acolher gigafábricas de IA europeias, num investimento superior a 16 mil milhões de euros. Estes projetos visam reforçar a soberania digital europeia e nacional, unindo empresas tecnológicas portuguesas e internacionais para moldar o futuro da indústria avançada na Europa.

Estratégia nacional de infraestruturas

A Estratégia Nacional para Data Centers procura atrair investimento significativo. Uma cloud nacional deverá garantir independência, confiança e segurança dos dados públicos.

"A transformação digital é construída por pessoas. Um Estado digital não pode prosperar sem cidadãos digitais", sublinhou Gonçalo Matias.

O Pacto para as Competências Digitais tem como meta formar mais de dois milhões de cidadãos até 2030, em competências digitais básicas e avançadas.

Amália, o modelo de linguagem português

Apresentada há um ano na Web Summit, Amália, o modelo de linguagem de grande escala português, evoluiu da promessa ao impacto. O projeto visa apoiar cidadãos, estudantes e empresas através da aplicação prática da IA generativa em serviços públicos e educação.

"Com Amália, estamos a dar respostas que não conseguíamos dar ontem. Queremos dar a cada estudante um tutor de IA que escuta, guia e inspira, dar a cada cidadão uma mão para navegar no Estado com simplicidade e dar a cada empresa o poder de imaginar e criar o seu futuro", referiu o Ministro.

O objetivo é facilitar o acesso aos serviços públicos digitais de forma mais humana, direta e inteligente. Amália é apresentada como uma ponte entre ideias e ação, com a tecnologia guiada por valores éticos e sociais.

Visão e princípios

Portugal apresenta uma posição estratégica relevante, com Lisboa entre as cidades mais conectadas do mundo e um ecossistema de talento e inovação construído com universidades e polos tecnológicos.

A estratégia reafirma que a IA deve ser orientada por ética, transparência e supervisão humana. A confiança dos cidadãos é central para a governação digital, sustentada por responsabilidade, regulação inteligente e soberania de dados.

O Governo compromete-se com um ambiente regulatório estável e favorável ao investimento, reforçando a transformação digital e a Inteligência Artificial como pilares de crescimento.

🔗 Fonte oficial, Governo de Portugal

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